domingo, 12 de janeiro de 2025

Crise no Fast-Food Americano e Desaceleração no Brasil: Um Panorama Econômico para 2025

 Crise no Fast-Food Americano e Desaceleração no Brasil: Um Panorama Econômico para 2025

O setor de fast-food enfrenta tempos difíceis. Nos Estados Unidos, diversas redes de fast-food americanas entraram com pedido de falência nos últimos cinco anos, um reflexo da crise financeira desencadeada pela pandemia. Esse cenário de crise no setor é um claro exemplo dos desafios na atual conjuntura econômica.

Um caso emblemático é o da BurgerFi. A empresa, que chegou a operar 144 unidades focadas em hambúrgueres e pizzas nos EUA, também sentiu os impactos da crise e precisou buscar recuperação judicial. Tentando reverter a situação, a BurgerFi fechou 19 de suas lojas próprias com performance abaixo do esperado e adotou medidas de redução de custos, mostrando a complexidade do processo de recuperação no setor.

Além da retração no consumo observada no período pós-pandemia, a rede teve que lidar com a inflação em alta e o aumento nos preços de alimentos e mão de obra, agravando os desafios já existentes.

Cenário Brasileiro e Perspectivas para 2025:

A falência da BurgerFi ilustra as dificuldades financeiras que o setor de fast-food enfrenta atualmente. E não é só nos EUA que a situação é complicada. No Brasil, o cenário também inspira cuidados. De acordo com a ONU, a economia brasileira, após um crescimento projetado de 3% em 2024, deve experimentar uma desaceleração em 2025.

Essa projeção de menor crescimento se baseia em uma política monetária mais apertada, conduzida pelo Banco Central, aliada à redução dos gastos fiscais e a um desempenho mais fraco das exportações. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também compartilha dessa visão, acreditando que a política monetária mais restritiva resultará em uma resposta rápida da economia.

Apesar dessa desaceleração prevista, o relatório da ONU indica que o crescimento resiliente do Brasil e a recuperação gradual da Argentina, após um longo período de recessão, devem sustentar o impulso econômico na América Latina. No entanto, existem riscos significativos que podem prejudicar essa perspectiva, especialmente no cenário externo. Uma retração mais forte do que a esperada nas economias da China e dos Estados Unidos, por exemplo, afetaria negativamente as exportações, o envio de remessas e o fluxo de capitais para a região. Além disso, um cenário de maior incerteza nos preços das commodities poderia impactar negativamente a confiança do investidor, desincentivando investimentos de longo prazo.

Análise de Especialistas e o Mercado de Câmbio:

Em sua coluna para o CNN Money, Gilvan Bueno analisa os desafios econômicos para 2025, tanto no contexto internacional quanto no brasileiro. Para ele, as taxas de juros, a dívida pública e o mercado de trabalho estão entre os fatores mais críticos. Bueno observa sinais de um ritmo mais lento na economia, com empresários revisando seus planos de expansão e adiando novos investimentos devido ao aumento do custo do dinheiro. Soma-se a isso a apreensão com uma possível elevação nos índices de inadimplência, particularmente entre as empresas.

O mercado financeiro também está atento ao câmbio. De acordo com Márcio Estrela, consultor da Abracam (Associação Brasileira de Câmbio), o dólar experimentou um overshooting no fim de 2024. Ele explica que pressões típicas dessa época do ano, como as remessas de lucros para fora do país e os fechamentos contábeis, contribuíram para esse cenário. Além da inflação mais alta que a prevista, o descontentamento do mercado financeiro em relação às medidas fiscais anunciadas também contribuíram para a elevação da moeda americana.

Para o novo ano, Márcio Estrela prevê uma atenuação dessa tendência. "A expectativa é de que o câmbio se estabilize, e que ao final do primeiro trimestre esteja em um nível próximo a 6,05, 6,10", afirmou. Ele ressalta, no entanto, que essa estimativa depende da ausência de uma piora no cenário fiscal por parte do governo.

Com base nessas análises e projeções, é fundamental acompanhar de perto os desdobramentos da economia em 2025.

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